quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

step up

As vezes eu tenho fortes impressões sobre algo que eu nunca vou poder provar. Ok, got it. Mas isso não vai me impedir de sair por aí perguntando pras pessoas se elas concordam comigo ou não, né?

Vou contar o que eu pensei: eu tive a impressão de que 2011 vai ser um ano incrível. Então eu perguntei pra várias pessoas o que elas achavam disso e ouvi exatamente o que eu esperava - "Ah, a gente não tem como saber né..." - ou algo tipo - "Vai certo! Aonde tá a ceva?". Tá, não foi exatamente animador escutar essas respostas, mas isso me ajudou a direcionar a minha dúvida, que agora tinha outra cara. Ela ficou mais ou menos assim: "Por que SÓ eu tenho a impressão de que 2011 vai ser um incrível?"

Então tá, agora eu tinha um novo ponto de partida e acho que consegui achar algumas respostas. Pela primeira vez, eu sinto que eu realmente entendi muitas coisas que vinham me gerando um certo desconforto, e né, isso da aquela sensação preza de "gotcha, bitch". Descobri também que me direcionar e transformar minhas vontades em objetivos é algo que acontece naturalmente quando eu estou sentando em uma pedra em frente ao mar. E mais do que qualquer coisa, me dei conta de que se pode, sim, provar que um ano vai ser incrível - só cabe a nós fazermos com que ele seja assim.

To muito afim.


sábado, 25 de dezembro de 2010

sobre escrever

As vezes, escrever é muito difícil. Isso é um saco. A proposta é tão simples, é algo tipo "pense em alguma coisa e transforme ela em palavras, digite tudo e aperte um botão laranja".

Ok, baby steps então.

Pensar em alguma coisa é a parte mais difícil e tem um monte de coisas pra levar em consideração. Vai dizer que não é fácil cair em uma corrente de pensamentos chatos do tipo "Posso realmente expor qualquer coisa? O que penso é interessante? Este pensamento tem a ver comigo? O que tem a ver comigo? Eu sou interessante? QUEM SOU EU?" - enfim, é só pensar um pouquinho mais do que o necessário. Aparentemente, a melhor escolha fica sempre em um tema de profundidade média (pra satisfazer o lance defensivo), cheio de entrelinhas (pra satisfazer o lance de se expor). Tá, parem de procurar neste texto o que eu acabei de dizer, ok?

Transformar em palavras é aquela hora na qual a gente se quebra pra tentar ser inteligente, porém descolado; legal, porém despreocupado; confiante, porém humilde e acessível, mas não demais. Ah, e é como se tu tivesse que parar pra te ouvir.

Digitar é encarar que tu imaginou que o teu texto seria uma coisa e na verdade ele é outra. Tem aquele quê de vida real - "achei que ia sair uma pizza, mas isso aqui tá mais pra uma lasanha (e até que tava boa, sabe)".

Apertar o botão laranja é assumir a responsabilidade por todos os passos anteriores. E ainda assim, é de longe o mais fácil.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

we're back.

Ok, vou retomar esse blog.
Preciso de um espaço pra falar sozinho - ou melhor - falar ALTO sozinho. Não é a mesma coisa se alguém não ouve, né? Talvez esse seja o motivo pelo qual esses blogs são legais.

Tem muita coisa acontecendo. É, acho que esse é um bom jeito de começar.

(Tá, vai ser assim então.)

Tem muita coisa acontecendo! E adoro sentir que estou sendo o protagonista das coisas que acontecem comigo. Porém, é pesado sentir o meu coração nas minhas mãos. Acho que essa é a melhor descrição pra sensação de responsabilidade pelas minhas ações e pelo resultado das mesmas. Não é como se a minha felicidade dependesse de qualquer pessoa que não fosse eu e antes as coisas simplesmente não eram assim. Por que diabos, nos últimos dias, o mundo resolveu que eu deveria dar um empurrão em absolutamente tudo que eu quizesse ver acontecer do meu jeito? Será que sempre foi assim e eu só estou me dando conta disso agora?

A moral é que "descobrir" é só um termo criado para resumir uma expressão que seria algo tipo "perceber algo que ninguém tinha percebido antes". Eu quero muito descobrir o que eu preciso pra tirar esse sentimento de mim. Então eu observo tudo - minha respiração, minha postura, a minha sensação térmica, a imagem que me cerca, em cada sutil detalhe, e aonde vai a minha mente se eu deixar que ela apenas vá. E nada disso me diz o que eu quero ouvir.

O mais engraçado disso tudo é ver que as pessoas realmente não se dão conta do que se passa dentro de mim. Parece que pra elas eu vou sempre ser aquele Maurício sorridente, confiante, com algum pulo do gato sobre a vida na ponta da língua e uma bela guitarra empunhada nas mãos, ecoando alto pelo lugar. And goddamn, I wish I was.

Eu quero colo. Quero me sentir abraçado pelo mundo, quero sentir que ele ainda sabe quem eu sou quando olha nos meus olhos. A questão é, se ele me conhece, ele sabe que eu vou transformar ele até ficar satisfeito com os resultados. E talvez crescer seja isso - passar um bom tempo testando a vida até achar um ponto confortável. Foi?

"We live so subserviently
Accepting all normality
Drenched with routine
Doused in the foreseen
And yes, granted we do prosper.
But the fact that we prosper
Is even taken for granted."

Enter Shikari - Gap in The Fence

terça-feira, 21 de abril de 2009

Talvez (?)


A pequena realidade é cuidada por um passado maduro e carrega em seu ventre infinitas possibilidades, que um dia virão a ser o que chamamos de futuro. Já que estão juntos, se um muda, todos mudam. Esse é o trato da vida, é aquilo do que temos certeza e que, mesmo que não tenhamos como provar, sabemos que é verdade. Mudar é medo, é dificil, é inevitável, é trabalhoso, é... necessário. Mudar é frio. 

Já não somos mais aquilo que eramos. Acabamos de mudar. De novo. E de novo. É constante, nada para, começa ou termina. O que está ficando pra trás nesse exato momento é aquilo que vamos lembrar, vamos sentir saudades ou não. É uma folha de plátano, que é tão bonita quando é avermelhada e toca o chão quanto era verde em seu respectivo tronco. Lembrar é andar em meio aos plátanos.

Viver é frio de plátano.

Step back, evaluate, recognize. (Between The Buried and Me - White Walls)